SERRA
DE MADUREIRA/ RIO BOTAS/PROJETO IGUAÇU
Por
Alcy Maihoní
Vamos iniciar 2014, partindo da estaca
zero, devido a nós Iguaçuanos não ter reservado um tempo, um olhar e um cuidado com o nosso ambiente e agora
pagamos alto preço. Há tempos não houve nenhuma colaboração, e ao contrário
houve crescente e nociva acomodação, por parte do município e estado que
acarretou em gravíssimo prejuízo de destruições nas comunidades do entorno do
RIO BOTAS/NOVA IGUAÇU. Passados sete anos, estamos a volta com mais essa
tragédia na cidade. Casas foram destruídas, vidas ceifadas pelas fortes
chuvas...até quando?
Não houve como bem sabemos ações de
recuperação e preservação ambiental na área de proteção ambiental no
Gericinó-Mendanha/Serra de Madureira, pelo lado de Nova Iguaçu.
Sem reflorestamento, sem obras
emergenciais de contenção de encosta nos pontos críticos, somada a constantes
queimadas irregulares, alguém tinha dúvida que não haveria dilúvios?
Friso aqui que OBRAS DE CONTENÇÃO DE
ENCOSTA NÃO É SERVIÇO PREVENTIVO OU PALIATIVO.
Nosso vulcão é extinto, mas em contra
partida nesta Serra, existe as erosões que
estão intocados desde temporais passados que neste período de fim e inicio de
ano, com as fortes chuvas, poe em risco muitas casas, pois o índice de deslizamentos de pedras é altíssimo e as torrentes se afunilam no RIO BOTAS onde sem ações de obras estruturantes que consta no Projeto Iguaçu, o mesmo fica saturado.
Com isso, devido aos dois últimos temporais
o Rio Botas veio a vomitar os seus excessos: muita água, lixo, lama e pedras,
estas últimas rolaram montanha abaixo, parando mais uma vez na estrada
estadual, RJ-105 (antiga Estrada de Madureira).
Nas áreas mais baixas da cidade,
atingidas pela cheia do RIO BOTAS, a população ribeirinha e comunidades
adjacentes que anteriormente, já viviam as duras condições de vida, agora
pós-temporais deve se adaptar a mais privações. Eis do porque em praça pública externei
meu repúdio ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA, pois há muito foram
alertados sobre a situação da região e burocraticamente deixaram o tempo
passar.
Para muitos não haverá natal em Nova
Iguaçu, como foi a sete anos atrais. Muitos bairros estão no momento em crise, além
de mortes e destruições as fortes chuvas deste ano causaram um profundo
mal-estar social e por que não dizer também político.
Doravante para superar esta crise
oriunda da SERRA DE MADUREIRA/RIO BOTAS que em seu bojo revela uma época de
descaso ambiental de grande proporção nunca vista em nossa cidade, urge a
necessidade agora em inicio de 2014, o governo atual (Estadual e Municipal) dar
uma resposta à altura com ações concretas de acordo com os apelos da população,
refletida inclusive nas mobilizações populares de rua. Enfim, soluções existem,
mas cabe no momento ao Prefeito Bornier e Secretários, também ouvir atentamente
os seus conselhos municipais que pelo presente possui através do colegiado,
alguns conselheiros não-governamentais que em paralelo são pertencentes ao
Movimento Popular Iguaçuano – MPI que
desde sua criação em 2012, vem se destacando de forma, positiva, imparcial e despretensiosa,
em nossa cidade. Em prol não do individual, mas sim do coletivo.
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