quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CHUVAS DE DEZEMBRO: PARA MUITOS NÃO HAVERÁ NATAL EM NOVA IGUAÇU - RJ


SERRA DE MADUREIRA/ RIO BOTAS/PROJETO IGUAÇU
Por Alcy Maihoní
Vamos iniciar 2014, partindo da estaca zero, devido a nós Iguaçuanos não ter reservado um tempo, um olhar  e um cuidado com o nosso ambiente e agora pagamos alto preço. Há tempos não houve nenhuma colaboração, e ao contrário houve crescente e nociva acomodação, por parte do município e estado que acarretou em gravíssimo prejuízo de destruições nas comunidades do entorno do RIO BOTAS/NOVA IGUAÇU. Passados sete anos, estamos a volta com mais essa tragédia na cidade. Casas foram destruídas, vidas ceifadas pelas fortes chuvas...até quando?
Não houve como bem sabemos ações de recuperação e preservação ambiental na área de proteção ambiental no Gericinó-Mendanha/Serra de Madureira, pelo lado de Nova Iguaçu.
Sem reflorestamento, sem obras emergenciais de contenção de encosta nos pontos críticos, somada a constantes queimadas irregulares, alguém tinha dúvida que não haveria dilúvios?
Friso aqui que OBRAS DE CONTENÇÃO DE ENCOSTA NÃO É SERVIÇO PREVENTIVO OU PALIATIVO.
Nosso vulcão é extinto, mas em contra partida nesta Serra, existe  as erosões que estão intocados desde temporais passados que neste período de fim e inicio de ano, com as fortes chuvas, poe em risco muitas casas, pois o índice de deslizamentos de pedras é altíssimo e as torrentes se afunilam no RIO BOTAS onde sem ações de obras estruturantes que consta no Projeto Iguaçu, o mesmo fica saturado.
Com isso, devido aos dois últimos temporais o Rio Botas veio a vomitar os seus excessos: muita água, lixo, lama e pedras, estas últimas rolaram montanha abaixo, parando mais uma vez na estrada estadual, RJ-105 (antiga Estrada de Madureira).
Nas áreas mais baixas da cidade, atingidas pela cheia do RIO BOTAS, a população ribeirinha e comunidades adjacentes que anteriormente, já viviam as duras condições de vida, agora pós-temporais deve se adaptar a mais privações. Eis do porque em praça pública externei meu repúdio ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA, pois há muito foram alertados sobre a situação da região e burocraticamente deixaram o tempo passar.
Para muitos não haverá natal em Nova Iguaçu, como foi a sete anos atrais. Muitos bairros estão no momento em crise, além de mortes e destruições as fortes chuvas deste ano causaram um profundo mal-estar social e por que não dizer também político.


Doravante para superar esta crise oriunda da SERRA DE MADUREIRA/RIO BOTAS que em seu bojo revela uma época de descaso ambiental de grande proporção nunca vista em nossa cidade, urge a necessidade agora em inicio de 2014, o governo atual (Estadual e Municipal) dar uma resposta à altura com ações concretas de acordo com os apelos da população, refletida inclusive nas mobilizações populares de rua. Enfim, soluções existem, mas cabe no momento ao Prefeito Bornier e Secretários, também ouvir atentamente os seus conselhos municipais que pelo presente possui através do colegiado, alguns conselheiros não-governamentais que em paralelo são pertencentes ao Movimento Popular Iguaçuano – MPI  que desde sua criação em 2012, vem se destacando de forma, positiva, imparcial e despretensiosa, em nossa cidade. Em prol não do individual, mas sim do coletivo.

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